por Sandrão Drão
Olá, filhos da putinha!
Hoje tia Sandão vai contar para todos uma das minhas milésimas experiências com as mulheres que tive em todos esses meus quarento e oito anos bem vividos. Já namorei homem, mulher, casal e até a cachorra de um vizinho que achei simpática. Até me casei uma vez com um homem mariquinha que quis um filho meu, mas não deu certo por que ele não sabia fazer o filho, dar aquela trepada vagabunda e ainda eu não podia engravidar daquele caralho!
Não deu muito certo por que ele é muito submisso e eu não gosto de homem que fico socado dentro de casa paparicando a mulher. Eu gosto mesmo é daqueles que te levam pro bar pra jogar truco com os manos, bota um cigarrão na tua boca e bora pro fervo.
Durou muito tempo nosso relacionamento, cerca de um mês e meio. Aí eu conheci a Jane, a mulher perigoza da minha vida. Jane era uma mulher temperamental e um pouco difícil de lidar. Vira e mexa a gente se pegava discutindo a relação, discutindo o futebol de domingo, discutindo sobre sogras, discutindo sobre as amigas gostosas que tinhamos e até discutindo as atitudes que a outra tinha.
Como disse antes, Jane era uma mulher difícil e muito nervosa. Sempre quando brigávamos ela tacava o ferro de passar em mim, puxava a faca e quebrava nossa casa alugada. Isso por que ela dizia que eu falava muito palavrão. Porra, meu! Eu lá sou mulher que palavra palavrão pra caralho? Vai se fuder! Mas ela sabia me prender com suas garras e com seu charme.
Só que no final eu comecei a relaxar e deixar pra lá. Jane falava mais que buceta depois de uma bem dada e ainda tornou-se agressiva. Eu cansei de discutir, brigar e tentar entendimento com ela, então me conformei. Lembro que Dhézona, a cigarrera ambulante, me disse uma vez: "Em todo relacionamento que exista, um tem que abaixar a cabeça!" Tá, não foi com essas palavras certas que a viadinha disse. Foi mais ou menos assim: "Ô, mina. Tudu mundu qui um dia si intrósa, pra dá cértu, um tem qui deitá!" O importante foi que eu recebi a mensagem...
Então eu deitei, como diria nossa líder. Todos os dias, religiosamente, às 6h da tarde eu estava em cima da laje apanhando, levando tijolada, puxada de cabelo, cabo de vassoura nas costas, pedrada e sendo acusada de um monte de coisas que vocês nem podem imaginar. No começo eu sofri muito e senti falta da Drão barraqueira e funkeira suja que eu era, mas depois me acostumei com o jeitão macho da Jane e agradeci à Deus por colocar aquela mulher no meu caminho.
Parece bobeira dizer isso, mas quando Jane viajava à serviço eu sentia falta daquele monte de carinhos que ela me fazia e das feridas que cicatrizavam e ela colocava o dedo. Eu nunca pensei que amaria tanto uma pessoa tão simples e perfeita como ela é...
Me lembro muito bem do dia que ela me disse que viajaria para o Nordeste (não sei a região por que ela não era de dar satisfação pra ninguém...) e eu implorei que ela passasse o final de semana em casa. Ela me deu um soco na boca na mesma hora, acabando com meus únicos três dentinhos que sobraram na boca, por que o resto eram só cacos. Ainda ela me disse para parar com aquele sentimentalismo todo, me chutando um rim...
Parecia que eu estava prevendo que algo ruim iria acontecer com aquela mulher insana. E aconteceu! Me dói todos os olhos roxos de lembrar que, alguns meses atrás, Jane morreu num racha que estava tirando no pantanal. Ela corria tanto com seu jeep no meio do nada e não viu que passava perto de uma área com um pântano. Ela afundou junto com seu veículo, assim como um marinheiro afunda com seu barco. As pessoas trouxeram parte dos ossos dela para mim e os guardo debaixo da cama, junto com minha coleção de dentes, curativos e nossas fotos à longa distância...
A vida não é fácil pra ninguém, ainda mais pra mim, que sofro com sua falta. Jane me deixou e tive depressão por meses. Fui internada e tentei o suicídio várias vezes, mas foram tentativas frustradas. Como eu sinto a falta dessa mina. É foda!
Ela não era muito ligada à flores, então na sua lápide, aqui no quintal de casa, eu levo todos os dias um vaso com espadas de são jorge, para que ela seja uma guerreira mesmo no céu!
Deixo para vocês leitores uma foto dela demonstrando todo seu carinho e afeto na minha perna:
Olá, filhos da putinha!
Hoje tia Sandão vai contar para todos uma das minhas milésimas experiências com as mulheres que tive em todos esses meus quarento e oito anos bem vividos. Já namorei homem, mulher, casal e até a cachorra de um vizinho que achei simpática. Até me casei uma vez com um homem mariquinha que quis um filho meu, mas não deu certo por que ele não sabia fazer o filho, dar aquela trepada vagabunda e ainda eu não podia engravidar daquele caralho!
Não deu muito certo por que ele é muito submisso e eu não gosto de homem que fico socado dentro de casa paparicando a mulher. Eu gosto mesmo é daqueles que te levam pro bar pra jogar truco com os manos, bota um cigarrão na tua boca e bora pro fervo.
Durou muito tempo nosso relacionamento, cerca de um mês e meio. Aí eu conheci a Jane, a mulher perigoza da minha vida. Jane era uma mulher temperamental e um pouco difícil de lidar. Vira e mexa a gente se pegava discutindo a relação, discutindo o futebol de domingo, discutindo sobre sogras, discutindo sobre as amigas gostosas que tinhamos e até discutindo as atitudes que a outra tinha.
Como disse antes, Jane era uma mulher difícil e muito nervosa. Sempre quando brigávamos ela tacava o ferro de passar em mim, puxava a faca e quebrava nossa casa alugada. Isso por que ela dizia que eu falava muito palavrão. Porra, meu! Eu lá sou mulher que palavra palavrão pra caralho? Vai se fuder! Mas ela sabia me prender com suas garras e com seu charme.
Só que no final eu comecei a relaxar e deixar pra lá. Jane falava mais que buceta depois de uma bem dada e ainda tornou-se agressiva. Eu cansei de discutir, brigar e tentar entendimento com ela, então me conformei. Lembro que Dhézona, a cigarrera ambulante, me disse uma vez: "Em todo relacionamento que exista, um tem que abaixar a cabeça!" Tá, não foi com essas palavras certas que a viadinha disse. Foi mais ou menos assim: "Ô, mina. Tudu mundu qui um dia si intrósa, pra dá cértu, um tem qui deitá!" O importante foi que eu recebi a mensagem...
Então eu deitei, como diria nossa líder. Todos os dias, religiosamente, às 6h da tarde eu estava em cima da laje apanhando, levando tijolada, puxada de cabelo, cabo de vassoura nas costas, pedrada e sendo acusada de um monte de coisas que vocês nem podem imaginar. No começo eu sofri muito e senti falta da Drão barraqueira e funkeira suja que eu era, mas depois me acostumei com o jeitão macho da Jane e agradeci à Deus por colocar aquela mulher no meu caminho.
Parece bobeira dizer isso, mas quando Jane viajava à serviço eu sentia falta daquele monte de carinhos que ela me fazia e das feridas que cicatrizavam e ela colocava o dedo. Eu nunca pensei que amaria tanto uma pessoa tão simples e perfeita como ela é...
Me lembro muito bem do dia que ela me disse que viajaria para o Nordeste (não sei a região por que ela não era de dar satisfação pra ninguém...) e eu implorei que ela passasse o final de semana em casa. Ela me deu um soco na boca na mesma hora, acabando com meus únicos três dentinhos que sobraram na boca, por que o resto eram só cacos. Ainda ela me disse para parar com aquele sentimentalismo todo, me chutando um rim...
Parecia que eu estava prevendo que algo ruim iria acontecer com aquela mulher insana. E aconteceu! Me dói todos os olhos roxos de lembrar que, alguns meses atrás, Jane morreu num racha que estava tirando no pantanal. Ela corria tanto com seu jeep no meio do nada e não viu que passava perto de uma área com um pântano. Ela afundou junto com seu veículo, assim como um marinheiro afunda com seu barco. As pessoas trouxeram parte dos ossos dela para mim e os guardo debaixo da cama, junto com minha coleção de dentes, curativos e nossas fotos à longa distância...
A vida não é fácil pra ninguém, ainda mais pra mim, que sofro com sua falta. Jane me deixou e tive depressão por meses. Fui internada e tentei o suicídio várias vezes, mas foram tentativas frustradas. Como eu sinto a falta dessa mina. É foda!
Ela não era muito ligada à flores, então na sua lápide, aqui no quintal de casa, eu levo todos os dias um vaso com espadas de são jorge, para que ela seja uma guerreira mesmo no céu!
Deixo para vocês leitores uma foto dela demonstrando todo seu carinho e afeto na minha perna:
Muita saudade, mozão!
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