FABRICAÇÃO

por A Padeira

Olá minhas queridas pãezinhas!
Desculpe por fazê-las esperar por tanto tempo. Eu estava super ocupada gerenciando a minha padaria, chamada "Rosquinhas Cremosas da Padeira". Aquelas que a quiserem conhecer, encaminhe um e-mail para a gente.

Hoje eu ensinarei vocês a como se tratar uma mulher.
É muito simples! Basta tratar a mulher como o pão de cada dia. Você gosta de comer pão cascudo? Você gosta de comer pão salgado? Você gosta de comer o pão que o diabo amassou? Não, não é? Então trate a mulher com toda a delicadeza, com toda a preparação e todo o carinho que se trata um pão. Melhor comparação impossível!

As mulheres sim podem ser comparadas com um pão. Aí vocês me perguntam o porque, e eu vos digo logo abaixo:

1- O pão e a mulher podem ser doce ou salgado.
2- O pão e a mulher podem ser gostosos ou crocantes.
3- O pão e a mulher são o verdadeiro alimento de Santa Ceia.
4- O pão e a mulher possuem todo um processo de preparação para nascer.
5- O pão e a mulher podem ser comidos na hora ou deixados pra mais tarde.
Etc, etc...

Pão e mulher são autênticos e algo que não se discute. Quem aqui não gosta de pão? Até os viados comem pão, mas não percebem a indelicadeza que tratam uma mulher. Isso é algo não aceitável pela humanidade.

Vou contar uma história e vocês vão ver como é importante se ter uma preparação para saborear o pão... digo, a mulher!

Eu estava atendendo no balcão da minha padoxa (com "xis" sim, porque lembra a xana), quando veio no meu caixa aquela mulher perfeita. Ela era redondinha, saborosa, degustante, suave, macia, douradinha e recheada como um pão bem feito. A olhadinha para o seu todo foi inevitável e, percebendo a situação, ela me deu seu endereço para entrega do que havia comprado. Eu mesma fiz questão de entregar tudo para continuar a apreciar sua beleza rara.

Quando cheguei em sua casa, fui muito bem tratada e me sentei no sofá. Ela trouxe os pães e os frios para comermos juntas. Foi uma coisa de louco que, só de pensar, eu fico com minha baguete duríssima. Ops, foi mal!

Comemos e tomamos vinho por muito tempo.
Não acreditei quando ela se apresentou para mim como massa italiana, mas seu nome era espanhol. Fariña e eu mantivemos um relacionamento continuo à partir daquela tarde.

Uma noite eu estava fechando a padaria quando ela entrou, como última cliente. Já havia dispensado todos meus funcionários, então tive que atendê-la. Sabe como é, cliente a gente nunca pode deixar de atender, senão eles procuram o concorrente. Ainda mais se tratando de Fariña, o meu pãozinho.

Ela estava um pouco tensa e andava por todos os lados da minha padaria, como se temesse algo. Fui ajudá-la e lá, no meio dos pães de forma, rolaram beijos e amassos. Amassos realmente, porque os pobrezinhos sairam todos amassados. Um pecado!

Fomos até a cozinha e lá ela se despiu na minha frente. Fiquei louquissima e pulei por cima dela. Lambi, mordi e chupei cada parte do seu corpo, com excessão da costeleta. Estava uma coisa muito forte, uma pegação intensa e ali ela me pediu para possuí-la com toda preparação. Dito e feito, coloquei a mão na massa (ela) e fiz todo o preparo, começando por farinha de trigo. Salpiquei ela todinha, acrescentei ovos e todos os outros ingredientes. Quando dei por mim, ela estava assada numa forma gigante e pronta para ser vendida.

E foi isso que aconteceu. Ela se vendeu à outro, ao meu concorrente. Não tenho muito sorte com mulheres, mas sei as tratar muito bem. Será que eu sou uma psicopãota? Cruuuzeees!


"É tão bom, bom, bom, bom / Quem quer pão, pão, pão, pão /Bom estar contigo no meu coração!"

Nenhum comentário: