SALVAÇÃO

por Super Bah

Protetora dos frascos e comprimidos, nossa heroína de bairro, Super Bah, sobrevoa a cidade à procura de inimigos para exercitar sua musculatura e salvar as indevesas (indefesas?!) mulheres atraídas pelo mesmo sexo. Seu bairro favorito é o centro da cidade, já que lá é o principal alvo de crimes acontecidos em toda a província.

Sobrevoando sobre a Vieira de Carvalho e comendo uma de suas doze rosquinhas, ela avista o inimigo: um trombadinha que tenta roubar a carteira (carteira?!) de uma caminhoneira trabalhadora da região. Ela tenta correr atrás para surrar o coitado (coitado?!), mas encontra uma dondoca passeando pela Praça da República com seu chiuaua e esquece o acontecido, tentando se aproximar da madame. Ao levar um fora e uma mordida do seu cachorrinho, ela lembra do ocorrido e tenta localizar o ladrãozinho. Óbvio que ela não encontra, então ela estufa o peito, engrossa e voa e diz:

- Fudeu! E agora quem poderá me defender?

Lá do céu se vê aquela baratinha minúscula de 1m30 (1m30?!) com sua voz aguda gritando: EEEUUU!

Ela persegue o bandido com toda sua fúria. Desesperado, o vilão corre com a carteira da moçinha (moçinha?!) e empurra todas as pessoas que habitavam a Rua Barão de Itapetininga, à procura do seu emprego doloroso. Ele entra em uma loja de roupas de marca famosa, coage milhares de pessoas e se esconde dentro de um provador.

Super Bah chega bufando e cheia de cecílias na loja e pergunta à todos sobre o vilão, mas, com medo, nenhum deles diz onde está ele escondido. Nossa heroína, que não é tão tonta como imaginamos (não?!) usa seu Super Bah Faro para rastreá-lo. Depois de 3 horas (3 horas?!) ela localiza seu maior inimigo: Mister Hetero!


- Super Bah: Quer dizer então que você fugiu do Carandiru, onde eu te prendi há mais de dez anos atrás?

- Mister Hetero: Mas é claro, minha cara. Se você não lê os jornais, o presídio Carandiru foi demolido há anos e a chacina que teve eu me fingi de morto entre os já falecidos para me vingar de você.

- Super Bah: Por onde será que eu andei por todo esse tempo que não fiquei sabendo? Ah, mas isso não importa agora porque eu vou lhe capturar!

- Mister Hetero: Isso é o que você pensa. Fiquei anos trancado atrás das grades, comendo marmita melhor do que os trabalhadores de SP comem (com sobremesa e tudo mais) e trabalhando nessa minha maior invenção!

- Super Bah: Mas o que é essa arma purpurinada, Mister Hetero?

- Mister Hetero: Essa é minha arma que despara laser com testosterona, o seu ponto fraco. Só não me pergunte como eu os consegui!

- População: Oooooohhhhhhhhh! (surpresos)

- Super Bah: Essa sua arma está meio boiola. Eu sempre desconfiei de você!

- Mister Hetero: Caaaaaliceeee! (desmunheca)

- Todos: Oooooohhhhhhhhh! (surpresa)

- Mister Hetero: Você não sabe ao que fui forjado (forjado?!) a fazer dentro daquela "pênistenciária". Graças à essa sua atitude, eu vou destruir à todas as lojas de moda, à você e à todas as mulheres praticantes (e não praticantes) de sexo com homens. O mundo ficará livre de vocês, seres depilados, e existirão somente homens. Assim eles serão obrigados à procurar o mesmo sexo para se satisfazerem, como aconteceu comigo.

- Todos: Oooooohhhhhhhhh! (surpresos)

- Super Bah: Você não pode fazer isso. O que será do mundo sem as mulheres?

- Mister Hetero: Chega! Agora tome isso!


Nossa heroína recebe uma porção de raios sobre seu pequeno corpo e cai na coleção de roupas íntimas da loja. Mas o que Mister Hetero (hetero?!) não contava era com a arma secreta de Super Bah. Uma mulher que se escondia sobre as lingeries vermelhas deixa cair sua calçinha usada, suada e com alguns pentelhos sobre o nariz de Super Bah. No mesmo momento ela levanta com toda sua força, agilidade e competência e se enche de músculos, curvas e pêlos. Ela volta para a batalha:


- Mister Hetero: Agora vou acabar com todas vocês, seres aleijados de orgãos!

- Super Bah: Ah, não vai não!

- Todos: Super Bah! (felizes)

- Mister Hetero: Você ainda não desintegrou, sua cafetina suja?

- Super Bah: Não, para a minha sorte e o seu azar. Absorvi dessa loja o meu santo remédio (santo remédio?!) e estou aqui agora para acabar com a sua raça! (escarra no chão)

- Mister Hetero: Pois então tome isso. E isso! E mais isso! E...

- Super Bah: Seus poderes já não funcionam mais contra mim. Graças à... abafa!

- Mister Hetero: Ah é? Então venha que te matarei com minhas próprias mãos!


Uma briga corporal começa entre a loja, sem trégua. Voam-se peças de roupas de baixo para todos os lados da loja e, uma beesha ex-cilibrina que passava por ali, comprou imediatamente alguns sacos de lixo preto de 5.000 litros e os encheu, levando as peças de roupas para sua casa, lá na fronteira da província.

Mas Super Bah não é tão poderosa (poderosa?!) como imagina e também leva várias unhadas no rosto de Mister Hetero. Quase sem fólego, nossa heroína se debruça sobre o balcão. Mister Hetero vê uma pinça sobre a mesa e começa a tirar o bigode de Super Bah sem nenhum pudor.

Desesperada por perder seu bigodão, ela começa a gritar e a espalhar saliva pra todo lado. Sim, ela fala cuspindo! Então ela rende Mister Hetero assim e o leva de volta para atrás das grades, mas dessa vez não no cadeião fundido do Carandiru. Quem disse que beesha não morre afogada?

Então, mais uma vez o dia foi salvo, graças à:



SUPER BAH!

Tutututututu!
(som de corneta)

Um comentário:

Pimenta disse...

Maravilhoso!ahahahah